Dra. Marina de Queiroz – Dermatologista

A acne, também conhecida por “cravos e espinhas“, é uma das doenças dermatológicas mais comuns, afetando indivíduos de diversas faixas etárias, especialmente durante a adolescência, mas também podendo persistir na vida adulta. 

Seu tratamento deve ser individualizado, levando em consideração o grau de severidade, as características do paciente e as comorbidades associadas. Além dos tratamentos convencionais, os tratamentos estéticos desempenham um papel crucial na melhoria das sequelas da acne, como cicatrizes e manchas, proporcionando uma melhora significativa na qualidade de vida dos pacientes. 

O dermatologista tem um papel essencial tanto no tratamento da acne quanto na prevenção e manejo de suas sequelas.

A Dra. Marina é especializada no diagnóstico, tratamento e acompanhamento de pacientes que sofrem com a acne e suas sequelas. Seu objetivo é melhorar a qualidade de vida e a autoestima dos seus pacientes, por meio de um atendimento humanizado e individualizado. 

Realizou sua formação em Medicina pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e realizou residência médica em Dermatologia no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, que é referência na área.

É membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia e professora universitária na Faculdade de Medicina da Unochapecó.

Atualmente, atende na cidade de Chapecó-SC, oferecendo atendimento personalizado e embasado nas evidências científicas atuais, nas áreas de Dermatologia Clínica, Estética e Tricologia. 

Epidemiologia

A acne é uma condição prevalente que atinge, principalmente, os adolescentes, com cerca de 80% dos indivíduos entre 11 e 30 anos apresentando algum grau da doença.

Embora seja mais comum entre os adolescentes, a acne também pode afetar adultos, especialmente as mulheres, com prevalência crescente na faixa etária adulta. Estudos demonstram que cerca de 40% das mulheres podem continuar a ter acne até os 40 anos.

Fatores de Risco e Prevalência

A prevalência da acne varia de acordo com fatores como etnia, genética, e estilo de vida. Indivíduos com histórico familiar de acne têm maior risco de desenvolver a doença. Fatores hormonais, estresse, alimentação e a utilização de certos medicamentos podem influenciar a exacerbação da acne.

Por que a Acne Ocorre?

A acne é uma doença inflamatória crônica da unidade pilossebácea, composta pelo folículo piloso, a glândula sebácea e a abertura do poro. A patogênese da acne envolve uma combinação de quatro fatores principais:

  1. Aumento da produção de sebo: Estímulos hormonais, como andrógenos, aumentam a produção de sebo pelas glândulas sebáceas, principalmente durante a puberdade.
  2. Alteração na queratinização do folículo piloso: A descamação anormal das células da pele pode obstruir o folículo piloso, favorecendo o acúmulo de sebo.
  3. Proliferação bacteriana (Cutibacterium acnes): O excesso de sebo cria um ambiente favorável para a proliferação da bactéria C. acnes, que contribui para a inflamação e formação de lesões.
  4. Resposta inflamatória: A inflamação ocorre devido à atividade bacteriana e ao acúmulo de sebo e células epiteliais, resultando em lesões típicas da acne, como pápulas, pústulas e cistos.

Como a Acne se Manifesta

A acne pode se manifestar em várias formas clínicas, desde comedões (cravos) até formas mais graves, como nódulos e cistos. As lesões podem ser classificadas em:

  • Comedões fechados: Cravos brancos, que são lesões pequenas, arredondadas e de cor branca, devido à obstrução total do poro.
  • Comedões abertos: Cravos negros, caracterizados pela obstrução parcial do poro.
  • Pápulas e pústulas: Lesões inflamatórias, vermelhas, com ou sem pus.
  • Nódulos e cistos: Lesões grandes, profundas, dolorosas, que podem levar a cicatrizes.

Estágios da acne: cravo branco, cravo negro, pápula e pústula (apresenta pus).

Acne na Adolescência

A acne na adolescência está geralmente relacionada às flutuações hormonais típicas dessa fase da vida, principalmente os andrógenos, que estimulam a produção de sebo. É uma condição fisiológica comum, com tendência a melhorar após a adolescência, embora alguns adolescentes possam desenvolver formas mais graves da doença.

A acne pode afetar significativamente a autoestima dos adolescentes, levando a efeitos psicológicos adversos, como ansiedade e depressão, devido à preocupação com a aparência.

A acne na adolescência pode trazer uma série de sequelas físicas (cicatrizes) e psicológicas.

Acne da Mulher Adulta

A acne da mulher adulta tem se tornado cada vez mais prevalente. Embora as mulheres possam sofrer com a acne durante a adolescência, muitas experimentam um retorno ou agravamento das lesões na idade adulta, especialmente após os 25 anos.

A acne pode persistir ou aparecer após os 25 anos em algumas mulheres.

Distribuição das Lesões

Enquanto a acne juvenil tende a afetar principalmente a zona T (testa, nariz e queixo), a acne na mulher adulta tem uma distribuição um pouco diferente. As lesões costumam ocorrer nas regiões da mandíbula, pescoço e parte inferior do rosto.

pode estar associada a outras condições como a síndrome dos ovários policísticos (SOP).

Acne Induzida por Medicamentos

Certos medicamentos podem desencadear ou agravar a acne. A acne medicamentosa está associada ao uso de medicamentos como:

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  • Vitaminas do Complexo B: especialmente a Cobalamina ou Vitamina B12.
  • Corticosteroides: A acne esteroide é uma das formas mais comuns de acne induzida por medicamentos.
  • Contraceptivos: Alguns anticoncepcionais orais, principalmente os que contêm progestágenos de ação androgênica, podem piorar a acne. Além de algumas pílulas, o DIU com progestágeno e o Implanon também podem causar ou agravar a acne em mulheres predispostas.
  • Lítio: Usado para o tratamento de transtornos psiquiátricos, o lítio pode causar acne, particularmente em adultos.
  • Anabolizantes: O uso de esteroides anabolizantes pode desencadear ou piorar a acne, especialmente em homens jovens.

Graus da Acne

A acne é classificada de acordo com a gravidade das lesões e a extensão da área afetada. Existem quatro graus principais:

  1. Grau I: Acne leve, caracterizada principalmente por comedões, com poucas pápulas e pústulas.

Acne grau I, com predomínio de cravos, sem ou com raras pápulas inflamatórias.

  1. Grau II: Acne moderada, com maior número de pápulas e pústulas, e envolvimento de áreas mais amplas.
Close up on skin pores during face care routine

Acne grau II com presença de pápulas (bolinhas vermelhas) e algumas pústulas (presença de pus).

  1. Grau III: Acne severa, com muitas pápulas e pústulas, além de nódulos inflamados.

Acne grau III apresenta diversas lesões inflamadas, com muitas pápulas, pústulas e nódulos.

  1. Grau IV ou Acne Conglobata: Acne muito severa, com formação de nódulos e cistos grandes, dolorosos, geralmente associada a cicatrizes significativas.

Na acne grau IV ocorre formação de nódulos e cistos grandes, que podem se unir formando fístulas com drenagem de pus.

Tratamentos Mais Indicados para Cada Grau de Acne

Os tratamentos para acne variam de acordo com o grau e a gravidade da doença:

  • Grau I (Leve): Normalmente tratada com produtos tópicos, como retinoides tópicos ou antibióticos tópicos.
  • Grau II (Moderada): Combinação de tratamentos tópicos com antibióticos orais.
  • Grau III (Severa): O tratamento é frequentemente feito com antibióticos orais ou retinoides orais, como a isotretinoína, que é eficaz no controle de acne grave, mas possui efeitos colaterais e deve ser prescrito com cautela.
  • Grau IV (Muito Severa): Além da isotretinoína oral, tratamentos complementares, como procedimentos estéticos, podem ser necessários para o controle das sequelas (cicatrizes e manchas).

Consequências da Acne

A acne não tratada ou mal tratada pode deixar várias sequelas, que incluem:

Cicatrizes

As cicatrizes de acne são uma das consequências mais comuns dessa condição dermatológica, impactando a estética e a autoestima de muitos pacientes. 

São lesões permanentes que permanecem após a resolução da inflamação aguda da acne. Elas se formam quando a pele, em resposta à inflamação intensa e à ruptura das paredes do folículo pilossebáceo, tenta se regenerar. Esse processo de regeneração pode ser incompleto, resultando em irregularidades na textura da pele, como depressões, elevações ou áreas mais pigmentadas.

Elas podem ser classificadas em:

  • Cicatrizes atróficas: As mais comuns, onde a pele apresenta textura irregular, com aspecto de “furos” ou depressões, como as cicatrizes do tipo “em picote” ou “caixa de cigarros”.
  • Cicatrizes hipertróficas: As cicatrizes hipertróficas são menos comuns, mas podem ocorrer em indivíduos com predisposição para formação de tecido cicatricial excessivo. Esse tipo de cicatriz se caracteriza pelo crescimento excessivo de tecido fibroso que forma uma elevação sobre a pele. As cicatrizes hipertróficas são mais comuns em áreas com maior tendência a inflamação, como o peito, as costas e os ombros.
  • Queloides: As cicatrizes queloides são um tipo extremo de cicatriz hipertrófica. Elas se formam quando o corpo produz uma quantidade excessiva de colágeno durante a cicatrização. Como resultado, a cicatriz se torna elevada, espessa e pode se estender além da área original da lesão. As cicatrizes queloides podem causar desconforto físico, como coceira e dor.

Cicatrizes atróficas são as mais comuns na acne.

Manchas Pós-Inflamatórias

Além das cicatrizes, a acne pode deixar manchas pigmentadas, principalmente em pessoas de pele mais escura. Embora não sejam cicatrizes propriamente ditas, as manchas pós-inflamatórias (hiperpigmentação) frequentemente acompanham a acne. Elas não são formações de tecido cicatricial, mas sim uma alteração na coloração da pele devido à inflamação. Essas manchas tendem a desaparecer com o tempo, embora o processo possa ser demorado.

Efeitos Psicológicos

A acne, especialmente nas formas mais graves, pode causar sérios danos psicológicos. A autoestima é frequentemente afetada, e muitos pacientes sofrem de ansiedade, depressão e transtornos de imagem corporal.

Problemas de psicológicos e de autoestima podem estar relacionados com a acne não tratada.

Tratamentos Estéticos para Cicatrizes e Manchas

Radiofrequência Microagulhada: Essa técnica combina radiofrequência com microagulhamento, aumentando a produção de colágeno e melhorando tanto as cicatrizes quanto as manchas.

Laser: O laser de CO2 fracionado e o laser Er:YAG são amplamente utilizados para o tratamento de cicatrizes de acne, promovendo a regeneração da pele.

Peeling Químico: Os peelings químicos, como o ácido salicílico e o ácido glicólico, são eficazes na melhora das manchas e cicatrizes superficiais da acne.

Microagulhamento: O microagulhamento estimula a produção de colágeno e melhora a textura da pele, sendo uma boa opção para cicatrizes de acne.

Existem muitos tratamentos médicos em consultório para tratamento das sequelas da acne.

O dermatologista desempenha um papel fundamental no diagnóstico e manejo da acne, bem como no tratamento das sequelas. 

Após uma avaliação clínica detalhada, o dermatologista pode recomendar tratamentos medicamentosos tópicos ou sistêmicos, de forma personalizada, levando em consideração a história da cada paciente, grau da acne, fatores emocionais e possíveis contraindicações. 

Além disso, em casos de cicatrizes e manchas, tratamentos estéticos complementares poderão ser indicados para melhorar ainda mais o resultado dos tratamentos. 

Dra. Marina é especializada no diagnóstico e tratamento das doenças da pele, como a acne, além da realização de procedimentos estéticos para minimizar suas sequelas, como as cicatrizes.

Sempre embasada nas evidências científicas atuais, a Dra. Marina tem como principal objetivo promover mais saúde e beleza aos seus pacientes, priorizando a naturalidade, segurança e elegância nos resultados.

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